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AS MELHORES BANDAS DE ROCK

AS MELHORES BANDAS DE ROCK

O Rock n’ Roll sem dúvida é o estilo de música mais ouvido, já que existem mais de 40 vertentes do estilo, que agradam as pessoas a mais de 60 anos. Desde que o rock surgiu com origens no hip hop, blues e outros estilos musicais, muitas bandas e cantores foram surgindo e revelando seus talentos e assim conquistando o mundo através de músicas históricas que são lembradas até hoje.

O termo rock abrange muitos outros estilos musicais como o blues, jazz, punk, heavy metal e muitos outros, isso tudo porque diversos estilos musicais ajudaram na formação do rock atual. A principal característica dasbandas de rock está na sua formação: um vocalista, um baterista, um baixista e um guitarrista, que em alguns casos o que se destaca mais é o cantor, mas isso não é uma regra, Slash, por exemplo, é um dos maiores ídolos do cenário musical, o guitarrista do Guns N’ Roses se sobressaiu sendo considerado um dos mais famosos do mundo.

Bandas e cantores

Veja algumas das maiores bandas de rock e cantores mais conhecidos e que mais fizeram sucesso no mundo.

• The Beatles
• Queen
• U2
• The Rolling Stones
• Led Zeppelin
• Pink Floyd
• Black Sabbath
• Nirvana
• The Who
• Ramones
• Aerosmith
• Jimi Hendrix Experience
• Kiss
• Metallica
• Alice Cooper
• The Clash
• Pearl Jam
• Guns N’ Roses
• AC/DC
• Deep Purple
• Motörhead
• Red Hot Chili Peppers
• Scorpions
• Janis Joplin
• Smashing Pumpkins
• Elvis Presley
• Bob Dylan
• Pixies
• Bom Jovi
• Foo Fighters
• Creeedence
• The Police
• James Brown
• The Beach Boys
• Elton John
• John Lennon
• Chuck Berry
• Iron Maden

Há ainda muitos outros cantores, cantoras e bandas que marcam muitos anos o cenário do mundo do rock, lembrando que esta lista não é uma colocação decrescente. Vale a pena conhecer um pouco sobre cada uma dessas bandas.

História dos Beatles 
História do grupo, integrantes, sucesso, músicas mais importantes, fim da banda

O Começo 



The Beatles foi uma banda de rock, formada na cidade de Liverpool (Inglaterra), em 1956. Faziam parte deste grupo os seguintes músicos: John Lennon (vocalista, guitarrista e compositor), George Harrison (guitarrista e vocalista), Paul Mc Cartney (baixista, compositor e vocal) e Ringo Star (baterista). O nome inicial da banda era Silver Beetles, fazendo uma referência a besouros. Porém, por sugestão de John Lennon, a banda passou a se chamar The Beatles, pois a palavra inglesa "beat" significa rítmo ou batida.

O Sucesso 

Fizeram sucesso mundial com suas músicas, principalmente na década de 1960. O sucesso deve-se ao estilo revolucionário que implantaram no cenário musical. Eram canções com letras marcantes e efeitos de guitarra fortes. As letras atingiram em cheio os jovens, pois eram contestadoras e revolucionárias para a época. O estilo visual também revolucionou o cenário musical. Os jovens de Liverpool usavam cabelos compridos, roupas de cores fortes, anéis e outros adereços. 

O sucesso foi tão grande que no ano de 1965 foram recebidos pela rainha Elizabeth II, da Inglaterra, e receberam medalhas da Ordem do Império Britânico. Da música foram para o cinema e, em 1967, lançaram o filme “Help!”. A beatlemania espalhou-se pelo mundo inteiro, fazendo sucesso inclusive no Brasil. Produziram também outros filmes: A Hard day’s night e Magical Mistery Tour.

A banda começou a entrar em crise, em função de divergências empresariais, no final dos anos 60, terminando em 1970. John Lennon seguiu carreira solo, com participação de sua esposa Yoko Ono. Porém, em dezembro de 1980, foi assassinado por um fã, ao entrar em seu prédio na cidade de Nova Iorque. Morria um dos maiores músicos de todos os tempos. 

As músicas dos Beatles e de John Lennon fazem grande sucesso até os dias de hoje, sendo ouvidas por jovens e adultos.

Principais sucessos dos Beatles: 

"Love me do" (1962); "She loves you" e "I want to hold your hand" (1963); "Can't buy me love" e "A hard day's night" (1964); "Help" e "Yesterday" (1965).


 

O Queen é, sem dúvida, um fenômeno do rock. Não só do rock, como de toda a história da música. Mesmo antes da trágica morte do líder vocalista Freddie Mercury, em novembro de 1991, o grupo já era reconhecido como um dos maiores de todos os tempos. Através da mistura de elementos do pop, rock, glam, electro, funk, ópera, e até memso rockabilly, eles quebraram todas as barreiras estilísticas da música, mantendo-se a frente das tendências de momento, sem tornar-se vítima da moda e mesmo com a quase total falta de cobertura da imprensa musical, seus lançamentos venderam em número cada vez maior. A história do Queen começa com Smile, uma banda de rock desconhecida do início dos anos setenta, formada por dois estudantes de ciência, Brian May e Roger Taylor. "Coloquei um anúncio no painel da faculdade procurando um baterista que pudesse fazer o tipo de coisa que Hendrix e o Cream faziam, e o Roger era perfeito", Brian nos conta. Brian começou com a guitarra que toca até hoje. O som diferenciado é devido à sua guitarra inusitada, ser construída de madeira do século 19, com ajuda de seu pai. Esta reciclagem surpreendente permitiu a criação de uma infinidade de tons, e Brian inovou ainda mais pelo uso de uma moeda antiga de prata em lugar da palheta de plástico comumente usada pelos outros guitarristas. Houve alguns grupos anteriores ao Smile, mas como Brian disse, "Nenhum desses grupos chegaram em algum lugar porque nós nunca tocamos para valer". O encontro com Roger fez tudo mudar. "Ele era o melhor baterista que eu já tinha visto", Brian admitiu. Roger Taylor cresceu em Truro, Cornwall, e descobriu suas ambições musicais na juventude, primeiro como guitarrista, e mais tarde como baterista, apesar da desaprovação dos pais. Mas o estrelato exigiria sacrifícios. No verão de 1969, Brian trabalhava como professor de matemática, enquanto Roger vendia roupas de segunda-mão. Segundo Brian, eles sabiam que o Smile não chegaria a lugar nenhum, pois sem um disco próprio, acabavam caindo no esquecimento, mesmo entre as pessoas que apreciavam as apresentações. Ainda assim, Brian acredita que o grupo estava além de seu tempo. "Existem fitas do Smile que possuem as mesmas estruturas gerais do nosso trabalho atual". Já a entrada de Tim Staffel no grupo foi curiosa. Ele veio para substituir o vocalista, e também para ser o baixista, embora o instrumento de sua preferência fosse o piano. Morava a poucos metros de distância de Brian May, desde que se mudara para a Inglaterra em 1959, mas só foram se conhecer quase dez anos depois. A cena se abre então para Frederick Bulsara, nascido em Zanzibar (parte atual da Tanzânia). Diplomado em arte e design pela mesma escola onde passaram Ron Wood (Rolling Stones) e Pete Townshend (The Who), ele já havia participado de grupos com nomes extravagantes que não deram em nada, mas que aumentaram seu apetite pelo mundo do rock, a ponto de mudar seu nome para Freddie Mercury. Na época em que se envolveu com o Smile, ele estava trabalhando com Roger num stand de roupas usadas no Kensington Market em Londres. "Freddie sempre pareceu um astro e agia como um, mesmo quando não tinha um tostão sequer", lembra-se Brian. "Com aquele stand, ele se tornou um dos precursores do glam rock. Quando fomos todos morar juntos, Freddie trazia grandes malas e ia tirando delas algumas peças horríveis de roupas e dizendo: "Olha que roupa linda! Isso vai valer uma fortuna!"" Ainda no Kensington Market, Freddie conheceu Mary Austin, que administrava uma butique lá perto, e os dois viveram juntos por muitos anos. Mesmo quando seu lado gay aflorou, ela continuou sendo sua melhor amiga. "Freddie era amigo de Tim que compareceu a muitas de nossas apresentações, e fez sugestões irrecusáveis. Naquele tempo, ele ainda não havia tentando ser cantor, e nós não sabíamos que ele podia ser. Nós pensávamos que ele fosse só um músico teatral". Freddie acabou sendo muito mais do que isso. "Quando acabamos com o Smile, foi ele que nos fez voltar, disse que éramos capazes, e que teríamos apenas que ensaiar e nos apresentar melhor no palco. E nós voltamos, reciclando algumas músicas do Smile e de um grupo anterior do Freddie". Portanto, três peças do quebra-cabeça já haviam se juntado, mas o quadro ainda estava incompleto. Faltava John Deacon, o sétimo baixista a ser testado pelo grupo. Outro estudante de peso, que havia se graduado com nota máxima em eletrônica, seis meses antes de se juntar ao Queen. "Nós sabíamos que ele era o cara certo", disse Brian mais tarde, "mesmo sendo tão quieto, dificilmente falava com a gente..." O nome Queen foi concebido por Freddie, que o considerava "forte, universal e imediato". E seus talentos artísticos foram logo solicitados para a criação do logotipo do "Q coroado" que apareceria nos discos da banda e se tomaria parte integrante da imagem do grupo. Os signos astrológicos de cada membro foram também incorporados. A ambição corria solta, mas, a curto prazo pelo menos, cobrou seu preço. "Se íamos abandonar nossas carreiras após tanto esforço", dizia Brian, "queríamos conseguir o melhor no campo da música. E nada veio fácil. Para ser sincero, acho que nenhum de nós fazia a menor idéia de que levaríamos três anos para conseguir algum resultado. Não foi nenhum conto de fadas". No ano seguinte, o grupo já tinha material suficiente para gravar nos estúdios De Lane Lea. Foi um acordo inusitado, já que foram como convidados para testar o novo equipamento de gravação a ser usado por clientes em potencial, e portanto não foram cobrados. Os engenheiros de som com quem trabalharam sugeriram a produtora Trident que contratasse o Queen. E deste modo, o álbum foi gravado nos momentos em que o estúdio não estava sendo ocupado por clientes pagantes. E a EMI Records foi encarregada de lançar os discos no mercado. A banda e o produtor passaram os primeiros meses de 1973 gravando este disco que foi entitulado simplesmente "Queen", mas o desapontamento veio logo em seguida, quando o primeiro hit do álbum foi rejeitado cinco vezes pelas rádios. Audaciosamente, a banda voltou aos estúdios para gravar "Queen II" em agosto daquele mesmo ano. "Desta vez tentamos ultrapassar os limites técnicos do estúdio", explicou Brian. "Era um sonho para nós, porque não tivemos esta oportunidade no primeiro disco". Três meses depois, o Queen fez suas primeiras aparições ao vivo em vários lugares da Inglaterra, abrindo os shows do grupo Mott the Hoople.Em março de 1974, o Queen iniciou a sua própria turnê pela Inglaterra. E Freddie já monopolizava as atenções, devido a sua maneira excêntrica de se vestir. Em abril daquele ano, o Queen apareceu pela primeira vez na televisão e causou impacto imediato, levando a música Seven Seas Of Rhye às paradas. O lançamento de Killer Queen em outubro/74 foi um grande marco para a banda. Freddie chegou a ser premiado pela música, que segundo Brian, é a que melhor sintetiza o estilo do grupo, e felizmente apareceu no momento certo". Ela alcançou o segundo posto nas paradas, e confirmou a presença de Queen no cenário musical. "Muita gente pensava que nós éramos uma banda de heavy metal", disse John, "mas Killer Queen mostrou um lado completamente novo do grupo, e nos abriu um maiorespaço, que certamente atingiu a um maior número de pessoas". O disco se chamava Sheer Heart Attack, trazia na capa a banda toda coberta com vaselina e molhada por uma mangueira! "O resultado final," admitiu Freddie, "é uma banda com quatro elementos decididamente bronzeados e esbeltos, e tão ensopados como se tivessem suado a semana inteira!" Logo, porém, eles estariam suando de verdade, excursionando pela Inglaterra pela terceira vez no ano para consolidar seu sucesso natal. A turnê de 1974 provocou um frenesi sem igual dos fãs. Em algumas noites, a banda mal podia deixar o palco. Na Escócia, houve até brigas e feridos na platéia. E nos Estados Unidos foram agendados cinco shows em Nova Iorque. Nesta época, a guitarra sinfônica de Brian e o toque diferente do piano de Freddie já eram marcas registradas da banda. Muitas pessoas acreditavam que eles faziam uso de sintetizadores, mas nos primeiros nove discos nunca houve nem sintetizador nem orquestra, e nem mesmo qualquer outro músico além deles apenas. "Bohemian Rhapsody" colocou-os de vez entre os monstros do rock. Ela levou cerca de três semanas para ser gravada, pois se tratava de três músicas condensadas em uma. Muita gente do showbis duvidava que uma música com sete minutos pudesse chegar às paradas, mas ela emplacou por 17 semanas, no mínimo. Ainda assim, o sucesso nos Estados Unidos demorava para se confirmar, e para piorar, Freddie perdeu a voz no meio da turnê americana. Felizmente, no Japão, as coisas foram diferentes. Cerca de 3000 garotas esperavam por eles aos berros no aeroporto de Tóquio. O quinto álbum, "A Day at the Races" (1975), foi marcado por uma festa memorável num hipódromo, no sul de Londres. Era a primeira vez que o Queen produzia seu próprio disco, e o sucesso de "We Are the Champions" conquistou finalmente os Estados Unidos. O sucesso do disco foi comemorado num concerto para 150.000 fãs, no Hyde Park, em Londres, com entrada franca. Iniciaram assim, uma tradição que foi perpetuada por astros de peso de Pink Floyd a Pavaroti! A imprensa deste período, que se voltava para o punk rock, tentava destronar o Queen de várias formas, mas a resposta do público ainda era impressionante. No palco, as calças de couro de Freddie levantavam insultos da crítica, e ele respondia profeticamente, "Estamos usando apenas nossas próprias armas, e se elas valerem alguma coisa, sobreviveremos". Na turnê de 1978, Freddie aparecia carregado por dois fortões vestidos de Superman, como numa provocação. Ao final dos anos setenta, o Queen procurava uma nova fórmula de sucesso para o rock, e ela finalmente veio com "Crazy Little Thing Called Love", música feita no estilo de Elvis Presley, e a primeira a alcançar o primeiro lugar nos Estados Unidos. "Não medimos nossa reputação pelas paradas de sucesso", disse Brian, "mas cada hit que você faz, acaba atraindo um novo tipo de público". No palco, "Crazy" fazia Freddie trocar seu famoso microfone por uma guitarra acústica de 12 cordas, além de trazê-lo com seu novo visual de cabelos curtos E de repente, a crítica voltou a fazer as pazes com o grupo, impressionada ainda mais pela participação da banda num concerto beneficente, em dezembro de 1979, pelo povo de Kampuchea. O disco "The Game" trouxe o sucesso de John Deacon, "Another One Bites the Dust", que abriu um novo mercado para o Queen: as rádios de música negra. O próximo passo foi a trilha sonora de Flash Gordon. Em fevereiro de 1981 foi a vez de uma grande turnê pela América Latina. "Nós estávamos muito nervosos", admitiu Freddie. "Não tínhamos o direito de criar expectativas num lugar totalmente estranho. E acho que eles nunca tinham visto um show tão ambicioso antes". É claro que o sucesso foi estrondoso. E algum tempo depois, nem mesmo a Guerra das Malvinas impedia que o grupo dominasse as paradas argentinas. O concerto deles em São Paulo reuniu o número inacreditável de 251.000 pessoas, imortalizando o grupo nas páginas do Guinness Book. 
A primeira coletânea de sucessos da banda ficou mais de três anos nas paradas britânicas! Mas o próximo álbum "Hot Space" não atingiu o sucesso esperado e marcou uma pausa na carreira do Queen - a primeira em doze anos de união. Entretanto, Freddie não 
admitia que se falasse em separação. "Eu achava que ficaríamos uns cinco anos juntos, mas agora estamos muito velhos para desistir". Realmente, a pausa aumentou o apetite por novas músicas. E o trabalho lançado em 1984, "The Works", trazia pérolas como Radio Ga Ga, de autoria de Roger, e que fez a banda alcançar um feito inédito todos os quatro elementos do grupo tiveram suas próprias composições no hit parade. Outra música, "I Want to Break Free", trouxe um vídeo audacioso, com toda banda travestida de mulher, e arrancou risadas até de seus fiéis seguidores. Mas nos Estados Unidos, teve o efeito inverso. Enquanto o resto do mundo ria, os americanos se ofendiam. Em outubro de 1984, outra controvérsia surgiu: o grupo tocou oito dias na capital da Africa do Sul, e certamente foi acusado de racismo, devido ao apartheid. Já 1985 iniciou brilhantemente, com dois shows no Rock in Rio, em janeiro, aqui no Brasil. "Primeiramente, fomos à América do Sul como convidados. Mas agora, eu quero comprar o continente inteiro e me tomar presidente", comentou Freddie. O primeiro disco solo de Freddie Mercury chamava-se "Mr. Bad Guy", e era bem diferente do trabalho do Queen. No entanto, não era a música de Freddie que importava para a mídia, e sim sua vida amorosa. Ele já havia admitido publicamente, a exemplo de Elton John, que se sentia atraído por ambos os sexos. Seu relacionamento com Mary Austin, havia se transformado numa forte amizade. E ele admitia que era muito difícil encontrar a companhia ideal. Mas queria continuar tentando. Com relação ao Queen, a participação no concerto "Live Aid" foi motivo de orgulho para a banda. "Foi um daqueles dias em que nos alegramos por fazer parte do showbis. O show aumentou a nossa moral, e nos mostrou a força que tínhamos na Inglaterra". O próprio Bob Geldo, idealizador do concerto, elegeu-os como a melhor banda de todas. A turnê Magic Tour teve que adicionar mais datas para apresentações em Wembley, na Inglaterra, pois os oitenta mil ingressos disponíveis foram vendidos imediatamente, apenas por via postal. Mais tarde veio o sucesso da trilha sonora de Highlander. Além disto, o maior solo de Freddie, "The Great Pretender", atingia as paradas, seguido por "Barcelona" com a cantora de ópera Montserrat Caballé.Em maio de 1989 apareceu o primeiro disco do Queen após 3 anos, "The Miracle", mas Freddie não se dispôs a enfrentar uma turnê. Roger rapidamente reagiu aos comentários sobre o estado de saúde de Freddie. "Que nada! Freddie está mais saudável do que nunca". Entretanto, Freddie quase não saía mais de sua mansão em Londres. Em fevereiro de 1990, a indústria fonográfica britânica os premiou pela sua importante contribuição para o mundo musical, mas os jornalistas só se preocupavam com a aparência pálida de Freddie. Brian o defendeu: "Ele está bem e não tem AIDS, mas eu acho que o estilo pesado do rock o derrubou. Ele precisa apenas descansar. Em 1991, surge o álbum "lnnuendo", alcançando o primeiro lugar nas paradas, mas os rumores sobre a saúde de Freddie eram maiores do que nunca. Finalmente, em 23 de novembro de 91, uma curta declaração confirmou o pior. "Seguindo as enormes conjecturas da imprensa, quero confirmar que sou soro positivo e portanto tenho AIDS. Achei correto manter esta informação oculta para proteger a privacidade dos que me rodeiam. Entretanto, chegou a hora dos meus amigos e fãs ao redor do mundo saberem a verdade, e eu espero que todos, juntamente com meus médicos, lutem contra esta terrível doença. Minha privacidade sempre foi muito importante para mim, e eu sou famoso por não dar entrevistas. Por favor, entendam que esta política continuará". No dia seguinte, Freddie morreu. A banda logo fez questão de anunciar que sem Freddie Mercury o Queen não poderia sobreviver. "Não há sentido em continuar. E impossível substituir Freddie. Estamos terrivelmente abalados com sua ida, mas muito orgulhosos do modo corajoso com que ele viveu e morreu. Foi um privilégio dividir com ele momentos tão mágicos". Em abril de 1992, um concerto em homenagem ao mestre dos palcos de todos o tempos foi realizado em Londres, no Wembley Stadium. Vários astros compareceram. De Elton John a Guns N' Roses, Def Leppard a Liza Minelli, todos vieram se despedir de Freddie. De todas as homenagens do dia, a de Axl Rose foi a mais tocante. "Se eu não tivesse conhecido as letras de Freddie Mercury quando era garoto, não sei onde eu estaria hoje. Foi ele quem me ensinou sobre todas as formas de música, e abriu a minha mente. Nunca houve um maior professor em minha vida". Os 75 mil ingressos para o show venderam em seis horas. "Para muitos fãs", disse Roger Taylor, "este show substituiu o tradicional velório. Foi o modo de todos dizerem adeus". O relançamento de Bohemian Rhapsody não foi o último modo de comemorar a vida de Freddie. Brian May também deixou de lado sua guitarra e sentou-se ao piano para tocar uma nova música chamada "Too Much Love Will Kill You". E um álbum duplo da última turnê da banda em 1986 foi lançado, lembrando o que o mundo havia perdido. Mas é claro que enquanto a voz de Freddie continuar ecoando nas músicas do Queen, ele e também nós seremos sempre campeões, como ele já previa em We Are the Champions. O Queen é, sem dúvida, um fenômeno do rock. Não só do rock, como de toda a história da música. Mesmo antes da trágica morte do líder vocalista Freddie Mercury, em novembro de 1991, o grupo já era reconhecido como um dos maiores de todos os tempos. Através da mistura de elementos do pop, rock, glam, electro, funk, ópera, e até memso rockabilly, eles quebraram todas as barreiras estilísticas da música, mantendo-se a frente das tendências de momento, sem tornar-se vítima da moda e mesmo com a quase total falta de cobertura da imprensa musical, seus lançamentos venderam em número cada vez maior. A história do Queen começa com Smile, uma banda de rock desconhecida do início dos anos setenta, formada por dois estudantes de ciência, Brian May e Roger Taylor. "Coloquei um anúncio no painel da faculdade procurando um baterista que pudesse fazer o tipo de coisa que Hendrix e o Cream faziam, e o Roger era perfeito", Brian nos conta. Brian começou com a guitarra que toca até hoje. O som diferenciado é devido à sua guitarra inusitada, ser construída de madeira do século 19, com ajuda de seu pai. Esta reciclagem surpreendente permitiu a criação de uma infinidade de tons, e Brian inovou ainda mais pelo uso de uma moeda antiga de prata em lugar da palheta de plástico comumente usada pelos outros guitarristas. Houve alguns grupos anteriores ao Srnile, mas como Brian disse, "Nenhum desses grupos chegaram em algum lugar porque nós nunca tocamos para valer". O encontro com Roger fez tudo mudar. "Ele era o melhor baterista que eu já tinha visto", Brian admitiu. Roger Taylor cresceu em Truro, Cornwall, e descobriu suas ambições musicais na juventude, primeiro como guitarrista, e mais tarde como baterista, apesar da desaprovação dos pais. Mas o estrelato exigiria sacrifícios. No verão de 1969, Brian trabalhava como professor de matemática, enquanto Roger vendia roupas de segunda-mão. Segundo Brian, eles sabiam que o Smile não chegaria a lugar nenhum, pois sem um disco próprio, acabavam caindo no esquecimento, mesmo entre as pessoas que apreciavam as apresentações. Ainda assim, Brian acredita que o grupo estava além de seu tempo. "Existem fitas do Smile que possuem as mesmas estruturas gerais do nosso trabalho atual". Já a entrada de Tim Staffel no grupo foi curiosa. Ele veio para substituir o vocalista, e também para ser o baixista, embora o instrumento de sua preferência fosse o piano. Morava a poucos metros de distância de Brian May, desde que se mudara para a Inglaterra em 1959, mas só foram se conhecer quase dez anos depois. A cena se abre então para Frederick Bulsara, nascido em Zanzibar (parte atual da Tanzânia). Diplomado em arte e design pela mesma escola onde passaram Ron Wood (Rolling Stones) e Pete Townshend (The Who), ele já havia participado de grupos com nomes extravagantes que não deram em nada, mas que aumentaram seu apetite pelo mundo do rock, a ponto de mudar seu nome para Freddie Mercurv. Na época em que se envolveu com o Smile, ele estava trabalhando com Roger num stand de roupas usadas no Kensington Market em Londres. "Freddie sempre pareceu um astro e agia como um, mesmo quando não tinha um tostão sequer", lembra-se Brian. "Com aquele stand, ele se tornou um dos precursores do glam rock. Quando fomos todos morar juntos, Freddie trazia grandes malas e ia tirando delas algumas peças horríveis de roupas e dizendo: "Olha que roupa linda! Isso vai valer uma fortuna!"" Ainda no Kensington Market, Freddie conheceu Mary Austin, que administrava uma butique lá perto, e os dois viveram juntos por muitos anos. Mesmo quando seu lado gay aflorou, ela continuou sendo sua melhor amiga. "Freddie era amigo de Tim que compareceu a muitas de nossas apresentações, e fez sugestões irrecusáveis. Naquele tempo, ele ainda não havia tentando ser cantor, e nós não sabíamos que ele podia ser. Nós pensávamos que ele fosse só um músico teatral". Freddie acabou sendo muito mais do que isso. "Quando acabamos com o Smile, foi ele que nos fez voltar, disse que éramos capazes, e que teríamos apenas que ensaiar e nos apresentar melhor no palco. E nós voltamos, reciclando algumas músicas do Smile e de um grupo anterior do Freddie". Portanto, três peças do quebra-cabeça já haviam se juntado, mas o quadro ainda estava incompleto. Faltava John Deacon, o sétimo baixista a ser testado pelo grupo. Outro estudante de peso, que havia se graduado com nota máxima em eletrônica, seis meses antes de se juntar ao Queen. "Nós sabíamos que ele era o cara certo", disse Brian mais tarde, "mesmo sendo tão quieto, dificilmente falava com a gente..." O nome Queen foi concebido por Freddie, que o considerava "forte, universal e imediato". E seus talentos artísticos foram logo solicitados para a criação do logotipo do "Q coroado" que apareceria nos discos da banda e se tomaria parte integrante da imagem do grupo. Os signos astrológicos de cada membro foram também incorporados. A ambição corria solta, mas, a curto prazo pelo menos, cobrou seu preço. "Se íamos abandonar nossas carreiras após tanto esforço", dizia Brian, "queríamos conseguir o melhor no campo da música. E nada veio fácil. Para ser sincero, acho que nenhum de nós fazia a menor idéia de que levaríamos três anos para conseguir algum resultado. Não foi nenhum conto de fadas". No ano seguinte, o grupo já tinha material suficiente para gravar nos estúdios De Lane Lea. Foi um acordo inusitado, já que foram como convidados para testar o novo equipamento de gravação a ser usado por clientes em potencial, e portanto não foram cobrados. Os engenheiros de som com quem trabalharam sugeriram a produtora Trident que contratasse o Queen. E deste modo, o álbum foi gravado nos momentos em que o estúdio não estava sendo ocupado por clientes pagantes. E a EMI Records foi encarregada de lançar os discos no mercado. A banda e o produtor passaram os primeiros meses de 1973 gravando este disco que foi entitulado simplesmente "Queen", mas o desapontamento veio logo em seguida, quando o primeiro hit do álbum foi rejeitado cinco vezes pelas rádios. Audaciosamente, a banda voltou aos estúdios para gravar "Queen II" em agosto daquele mesmo ano. "Desta vez tentamos ultrapassar os limites técnicos do estúdio", explicou Brian. "Era um sonho para nós, porque não tivemos esta oportunidade no primeiro disco". Três meses depois, o Queen fez suas primeiras aparições ao vivo em vários lugares da Inglaterra, abrindo os shows do grupo Mott the Hoople.Em março de 1974, o Queen iniciou a sua própria turnê pela Inglaterra. E Freddie já monopolizava as atenções, devido a sua maneira excêntrica de se vestir. Em abril daquele ano, o Queen apareceu pela primeira vez na televisão e causou impacto imediato, levando a música Seven Seas Of Rhye às paradas. O lançamento de Killer Queen em outubro/74 foi um grande marco para a banda. Freddie chegou a ser premiado pela música, que segundo Brian, é a que melhor sintetiza o estilo do grupo, e felizmente apareceu no momento certo". Ela alcançou o segundo posto nas paradas, e confirmou a presença de Queen no cenário musical. "Muita gente pensava que nós éramos uma banda de heavy metal", disse John, "mas Killer Queen mostrou um lado completamente novo do grupo, e nos abriu um maior espaço, que certamente atingiu a um maior número de pessoas". O disco se chamava Sheer Heart Attack, trazia na capa a banda toda coberta com vaselina e molhada por uma mangueira! "O resultado final," admitiu Freddie, "é uma banda com quatro elementos decididamente bronzeados e esbeltos, e tão ensopados como se tivessem suado a semana inteira!" Logo, porém, eles estariam suando de verdade, excursionando pela Inglaterra pela terceira vez no ano para consolidar seu sucesso natal. A turnê de 1974 provocou um frenesi sem igual dos fãs. Em algumas noites, a banda mal podia deixar o palco. Na Escócia, houve até brigas e feridos na platéia. E nos Estados Unidos foram agendados cinco shows em Nova Iorque. Nesta época, a guitarra sinfônica de Brian e o toque diferente do piano de Freddie já eram marcas registradas da banda. Muitas pessoas acreditavam que eles faziam uso de sintetizadores, mas nos primeiros nove discos nunca houve nem sintetizador nem orquestra, e nem mesmo qualquer outro músico além deles apenas. "Bohemian Rhapsody" colocou-os de vez entre os monstros do rock. Ela levou cerca de três semanas para ser gravada, pois se tratava de três músicas condensadas em uma. Muita gente do showbis duvidava que uma música com sete minutos pudesse chegar às paradas, mas ela emplacou por 17 semanas, no mínimo. Ainda assim, o sucesso nos Estados Unidos demorava para se confirmar, e para piorar, Freddie perdeu a voz no meio da turnê americana. Felizmente, no Japão, as coisas foram diferentes. Cerca de 3000 garotas esperavam por eles aos berros no aeroporto de Tóquio. O quinto álbum, "A Day at the Races" (1975), foi marcado por uma festa memorável num hipódromo, no sul de Londres. Era a primeira vez que o Queen produzia seu próprio disco, e o sucesso de "We Are the Champions" conquistou finalmente os Estados Unidos. O sucesso do disco foi comemorado num concerto para 150.000 fãs, no Hyde Park, em Londres, com entrada franca. Iniciaram assim, uma tradição que foi perpetuada por astros de peso de Pink Floyd a Pavaroti! A imprensa deste período, que se voltava para o punk rock, tentava destronar o Queen de várias formas, mas a resposta do público ainda era impressionante. No palco, as calças de couro de Freddie levantavam insultos da crítica, e ele respondia profeticamente, "Estamos usando apenas nossas próprias armas, e se elas valerem alguma coisa, sobreviveremos". Na turnê de 1978, Freddie aparecia carregado por dois fortões vestidos de Supermen, como numa provocação. Ao final dos anos setenta, o Queen procurava uma nova fórmula de sucesso para o rock, e ela finalmente veio com "Crazy Little Thing Called Love", música feita no estilo de Elvis Presley, e a primeira a alcançar o primeiro lugar nos Estados Unidos. "Não medimos nossa reputação pelas paradas de sucesso", disse Brian, "mas cada hit que você faz, acaba atraindo um novo tipo de público". No palco, "Crazy" fazia Freddie trocar seu famoso microfone por uma guitarra acústica de 12 cordas, além de trazê-lo com seu novo visual de cabelos curtos E de repente, a crítica voltou a fazer as pazes com o grupo, impressionada ainda mais pela participação da banda num concerto beneficente, em dezembro de 1979, pelo povo de Kampuchea. O disco "The Game" trouxe o sucesso de John Deacon, "Another One Bites the Dust", que abriu um novo mercado para o Queen: as rádios de música negra. O próximo passo foi a trilha sonora de Flash Gordon. Em fevereiro de 1981 foi a vez de uma grande turnê pela América Latina. "Nós estávamos muito nervosos", admitiu Freddie. "Não tínhamos o direito de criar expectativas num lugar totalmente estranho. E acho que eles nunca tinham visto um show tão ambicioso antes". É claro que o sucesso foi estrondoso. E algum tempo depois, nem mesmo a Guerra das Malvinas impedia que o grupo dominasse as paradas argentinas. O concerto deles em São Paulo reuniu o número inacreditável de 251.000 pessoas, imortalizando o grupo nas páginas do Guinness Book. A primeira coletânea de sucessos da banda ficou mais de três anos nas paradas britânicas! Mas o próximo álbum "Hot Space" não atingiu o sucesso esperado e marcou uma pausa na carreira do Queen - a primeira em doze anos de união. Entretanto, Freddie não admitia que se falasse em separação. "Eu achava que ficaríamos uns cinco anos juntos, mas agora estamos muito velhos para desistir". Realmente, a pausa aumentou o apetite por novas músicas. E o trabalho lançado em 1984, "The Works", trazia pérolas como Radio Ga Ga, de autoria de Roger, e que fez a banda alcançar um feito inédito todos os quatro elementos do grupo tiveram suas próprias composições no hit parade. Outra música, "I Want to Break Free", trouxe um vídeo audacioso, com toda banda travestida de mulher, e arrancou risadas até de seus fiéis seguidores. Mas nos Estados Unidos, teve o efeito inverso. Enquanto o resto do mundo ria, os americanos se ofendiam. Em outubro de 1984, outra controvérsia surgiu: o grupo tocou oito dias na capital da Africa do Sul, e certamente foi acusado de racismo, devido ao apartheid. Já 1985 iniciou brilhantemente, com dois shows no Rock in Rio, em janeiro, aqui no Brasil. "Primeiramente, fomos à América do Sul como convidados. Mas agora, eu quero comprar o continente inteiro e me tomar presidente", comentou Freddie. Oprimeiro disco solo de Freddie Mercury chamava-se "Mr. Bad Guy", e era bem diferente do trabalho do Queen. No entanto, não era a música de Freddie que importava para a mídia, e sim sua vida amorosa. Ele já havia admitido publicamente, a exemplo de Elton John, que se sentia atraído por ambos os sexos. Seu relacionamento com Mary Austin, havia se transformado numa forte amizade. E ele admitia que era muito difícil encontrar a companhia ideal. Mas queria continuar tentando. Com relação ao Queen, a participação no concerto "Live Aid" foi motivo de orgulho para a banda. "Foi um daqueles dias em que nos alegramos por fazer parte do showbis. O show aumentou a nossa moral, e nos mostrou a força que tínhamos na Inglaterra". O próprio Bob Geldo, idealizador do concerto, elegeu-os como a melhor banda de todas. A turnê Magic Tour teve que adicionar mais datas para apresentações em Wembley, na Inglaterra, pois os oitenta mil ingressos disponíveis foram vendidos imediatamente, apenas por via postal. Mais tarde veio o sucesso da trilha sonora de Highlander. Além disto, o maior solo de Freddie, "The Great Pretender", atingia as paradas, seguido por "Barcelona" com a cantora de ópera Montserrat Caballé.Em maio de 1989 apareceu o primeiro disco do Queen após 3 anos, "The Miracle", mas Freddie não se dispôs a enfrentar uma turnê. Roger rapidamente reagiu aos comentários sobre o estado de saúde de Freddie. "Que nada! Freddie está mais saudável do que nunca". Entretanto, Freddie quase não saía mais de sua mansão em Londres. Em fevereiro de 1990, a indústria fonográfica britânica os premiou pela sua importante contribuição para o mundo musical, mas os jornalistas só se preocupavam com a aparência pálida de Freddie. Brian o defendeu: "Ele está bem e não tem AIDS, mas eu acho que o estilo pesado do rock o derrubou. Ele precisa apenas descansar. Em 1991, surge o álbum "lnnuendo", alcançando o primeiro lugar nas paradas, mas os rumores sobre a saúde de Freddie eram maiores do que nunca. Finalmente, em 23 de novembro de 91, uma curta declaração confirmou o pior. "Seguindo as enormes conjecturas da imprensa, quero confirmar que sou soro positivo e portanto tenho AIDS. Achei correto manter esta informação oculta para proteger a privacidade dos que me rodeiam. Entretanto, chegou a hora dos meus amigos e fãs ao redor do mundo saberem a verdade, e eu espero que todos, juntamente com meus médicos, lutem contra esta terrível doença. Minha privacidade sempre foi muito importante para mim, e eu sou famoso por não dar entrevistas. Por favor, entendam que esta política continuará". No dia seguinte, Freddie morreu. A banda logo fez questão de anunciar que sem Freddie Mercury o Queen não poderia sobreviver. "Não há sentido em continuar. E impossível substituir Freddie. Estamos terrivelmente abalados com sua ida, mas muito orgulhosos do modo corajoso com que ele viveu e morreu. Foi um privilégio dividir com ele momentos tão mágicos". Em abril de 1992, um concerto em homenagem ao mestre dos palcos de todos o tempos foi realizado em Londres, no Wembley Stadium. Vários astros compareceram. De Elton John a Guns N' Roses, Def Leppard a Liza Minelli, todos vieram se despedir de Freddie. De todas as homenagens do dia, a de Axl Rose foi a mais tocante. "Se eu não tivesse conhecido as letras de Freddie Mercury quando era garoto, não sei onde eu estaria hoje. Foi ele quem me ensinou sobre todas as formas de música, e abriu a minha mente. Nunca houve um maior professor em minha vida". Os 75 mil ingressos para o show venderam em seis horas. "Para muitos fãs", disse Roger Taylor, "este show substituiu o tradicional velório. Foi o modo de todos dizerem adeus". O relançamento de Bohemian Rhapsody não foi o último modo de comemorar a vida de Freddie. Brian May também deixou de lado sua guitarra e sentou-se ao piano para tocar uma nova música chamada "Too Much Love Will Kill You". E um álbum duplo da última turnê da banda em 1986 foi lançado, lembrando o que o mundo havia perdido. Mas é claro que enquanto a voz de Freddie continuar ecoando nas músicas do Queen, ele e também nós seremos sempre campeões, como ele já previa em We Are the Champions. da música. Mesmo antes da trágica morte do líder vocalista Freddie Mercury, em novembro de 1991, o grupo já era reconhecido como um dos maiores de todos os tempos. Através da mistura de elementos do pop, rock, glam, electro, funk, ópera, e até memso rockabilly, eles quebraram todas as barreiras estilísticas da música, mantendo-se a frente das tendências de momento, sem tornar-se vítima da moda e mesmo com a quase total falta de cobertura da imprensa musical, seus lançamentos venderam em número cada vez maior. A história do Queen começa com Smile, uma banda de rock desconhecida do início dos anos setenta, formada por dois estudantes de ciência, Brian May e Roger Taylor. "Coloquei um anúncio no painel da faculdade procurando um baterista que pudesse fazer o tipo de coisa que Hendrix e o Cream faziam, e o Roger era perfeito", Brian nos conta. Brian começou com a guitarra que toca até hoje. O som diferenciado é devido à sua guitarra inusitada, ser construída de madeira do século 19, com ajuda de seu pai. Esta reciclagem surpreendente permitiu a criação de uma infinidade de tons, e Brian inovou ainda mais pelo uso de uma moeda antiga de prata em lugar da palheta de plástico comumente usada pelos outros guitarristas. Houve alguns grupos anteriores ao Srnile, mas como Brian disse, "Nenhum desses grupos chegaram em algum lugar porque nós nunca tocamos para valer". O encontro com Roger fez tudo mudar. "Ele era o melhor baterista que eu já tinha visto", Brian admitiu. Roger Taylor cresceu em Truro, Cornwall, e descobriu suas ambições musicais na juventude, primeiro como guitarrista, e mais tarde como baterista, apesar da desaprovação dos pais. Mas o estrelato exigiria sacrifícios. No verão de 1969, Brian trabalhava como professor de matemática, enquanto Roger vendia roupas de segunda-mão. Segundo Brian, eles sabiam que o Smile não chegaria a lugar nenhum, pois sem um disco próprio, acabavam caindo no esquecimento, mesmo entre as pessoas que apreciavam as apresentações. Ainda assim, Brian acredita que o grupo estava além de seu tempo. "Existem fitas do Smile que possuem as mesmas estruturas gerais do nosso trabalho atual". Já a entrada de Tim Staffel no grupo foi curiosa. Ele veio para substituir o vocalista, e também para ser o baixista, embora o instrumento de sua preferência fosse o piano. Morava a poucos metros de distância de Brian May, desde que se mudara para a Inglaterra em 1959, mas só foram se conhecer quase dez anos depois. A cena se abre então para Frederick Bulsara, nascido em Zanzibar (parte atual da Tanzânia). Diplomado em arte e design pela mesma escola onde passaram Ron Wood (Rolling Stones) e Pete Townshend (The Who), ele já havia participado de grupos com nomes extravagantes que não deram em nada, mas que aumentaram seu apetite pelo mundo do rock, a ponto de mudar seu nome para Freddie Mercurv. Na época em que se envolveu com o Smile, ele estava trabalhando com Roger num stand de roupas usadas no Kensington Market em Londres. "Freddie sempre pareceu um astro e agia como um, mesmo quando não tinha um tostão sequer", lembra-se Brian. "Com aquele stand, ele se tornou um dos precursores do glam rock. Quando fomos todos morar juntos, Freddie trazia grandes malas e ia tirando delas algumas peças horríveis de roupas e dizendo: "Olha que roupa linda! Isso vai valer uma fortuna!"" Ainda no Kensington Market, Freddie conheceu Mary Austin, que administrava uma butique lá perto, e os dois viveram juntos por muitos anos. Mesmo quando seu lado gay aflorou, ela continuou sendo sua melhor amiga. "Freddie era amigo de Tim que compareceu a muitas de nossas apresentações, e fez sugestões irrecusáveis. Naquele tempo, ele ainda não havia tentando ser cantor, e nós não sabíamos que ele podia ser. Nós pensávamos que ele fosse só um músico teatral". Freddie acabou sendo muito mais do que isso. "Quando acabamos com o Smile, foi ele que nos fez voltar, disse que éramos capazes, e que teríamos apenas que ensaiar e nos apresentar melhor no palco. E nós voltamos, reciclando algumas músicas do Smile e de um grupo anterior do Freddie". Portanto, três peças do quebra-cabeça já haviam se juntado, mas o quadro ainda estava incompleto. Faltava John Deacon, o sétimo baixista a ser testado pelo grupo. Outro estudante de peso, que havia se graduado com nota máxima em eletrônica, seis meses antes de se juntar ao Queen. "Nós sabíamos que ele era o cara certo", disse Brian mais tarde, "mesmo sendo tão quieto, dificilmente falava com a gente..." O nome Queen foi concebido por Freddie, que o considerava "forte, universal e imediato". E seus talentos artísticos foram logo solicitados para a criação do logotipo do "Q coroado" que apareceria nos discos da banda e se tomaria parte integrante da imagem do grupo. Os signos astrológicos de cada membro foram também incorporados. A ambição corria solta, mas, a curto prazo pelo menos, cobrou seu preço. "Se íamos abandonar nossas carreiras após tanto esforço", dizia Brian, "queríamos conseguir o melhor no campo da música. E nada veio fácil. Para ser sincero, acho que nenhum de nós fazia a menor idéia de que levaríamos três anos para conseguir algum resultado. Não foi nenhum conto de fadas". No ano seguinte, o grupo já tinha material suficiente para gravar nos estúdios De Lane Lea. Foi um acordo inusitado, já que foram como convidados para testar o novo equipamento de gravação a ser usado por clientes em potencial, e portanto não foram cobrados. Os engenheiros de som com quem trabalharam sugeriram a produtora Trident que contratasse o Queen. E deste modo, o álbum foi gravado nos momentos em que o estúdio não estava sendo ocupado por clientes pagantes. E a EMI Records foi encarregada de lançar os discos no mercado. A banda e o produtor passaram os primeiros meses de 1973 gravando este disco que foi entitulado simplesmente "Queen", mas o desapontamento veio logo em seguida, quando o primeiro hit do álbum foi rejeitado cinco vezes pelas rádios. Audaciosamente, a banda voltou aos estúdios para gravar "Queen II" em agosto daquele mesmo ano. "Desta vez tentamos ultrapassar os limites técnicos do estúdio", explicou Brian. "Era um sonho para nós, porque não tivemos esta oportunidade no primeiro disco". Três meses depois, o Queen fez suas primeiras aparições ao vivo em vários lugares da Inglaterra, abrindo os shows do grupo Mott the Hoople.Em março de 1974, o Queen iniciou a sua própria turnê pela Inglaterra. E Freddie já monopolizava as atenções, devido a sua maneira excêntrica de se vestir. Em abril daquele ano, o Queen apareceu pela primeira vez na televisão e causou impacto imediato, levando a música Seven Seas Of Rhye às paradas. O lançamento de Killer Queen em outubro/74 foi um grande marco para a banda. Freddie chegou a ser premiado pela música, que segundo Brian, é a que melhor sintetiza o estilo do grupo, e felizmente apareceu no momento certo". Ela alcançou o segundo posto nas paradas, e confirmou a presença de Queen no cenário musical. "Muita gente pensava que nós éramos uma banda de heavy metal", disse John, "mas Killer Queen mostrou um lado completamente novo do grupo, e nos abriu um maior espaço, que certamente atingiu a um maior número de pessoas". O disco se chamava Sheer Heart Attack, trazia na capa a banda toda coberta com vaselina e molhada por uma mangueira! "O resultado final," admitiu Freddie, "é uma banda com quatro elementos decididamente bronzeados e esbeltos, e tão ensopados como se tivessem suado a semana inteira!" Logo, porém, eles estariam suando de verdade, excursionando pela Inglaterra pela terceira vez no ano para consolidar seu sucesso natal. A turnê de 1974 provocou um frenesi sem igual dos fãs. Em algumas noites, a banda mal podia deixar o palco. Na Escócia, houve até brigas e feridos na platéia. E nos Estados Unidos foram agendados cinco shows em Nova Iorque. Nesta época, a guitarra sinfônica de Brian e o toque diferente do piano de Freddie já eram marcas registradas da banda. Muitas pessoas acreditavam que eles faziam uso de sintetizadores, mas nos primeiros nove discos nunca houve nem sintetizador nem orquestra, e nem mesmo qualquer outro músico além deles apenas. "Bohemian Rhapsody" colocou-os de vez entre os monstros do rock. Ela levou cerca de três semanas para ser gravada, pois se tratava de três músicas condensadas em uma. Muita gente do showbis duvidava que uma música com sete minutos pudesse chegar às paradas, mas ela emplacou por 17 semanas, no mínimo. Ainda assim, o sucesso nos Estados Unidos demorava para se confirmar, e para piorar, Freddie perdeu a voz no meio da turnê americana. Felizmente, no Japão, as coisas foram diferentes. Cerca de 3000 garotas esperavam por eles aos berros no aeroporto de Tóquio. O quinto álbum, "A Day at the Races" (1975), foi marcado por uma festa memorável num hipódromo, no sul de Londres. Era a primeira vez que o Queen produzia seu próprio disco, e o sucesso de "We Are the Champions" conquistou finalmente os Estados Unidos. O sucesso do disco foi comemorado num concerto para 150.000 fãs, no Hyde Park, em Londres, com entrada franca. Iniciaram assim, uma tradição que foi perpetuada por astros de peso de Pink Floyd a Pavaroti! A imprensa deste período, que se voltava para o punk rock, tentava destronar o Queen de várias formas, mas a resposta do público ainda era impressionante. No palco, as calças de couro de Freddie levantavam insultos da crítica, e ele respondia profeticamente, "Estamos usando apenas nossas próprias armas, e se elas valerem alguma coisa, sobreviveremos". Na turnê de 1978, Freddie aparecia carregado por dois fortões vestidos de Supermen, como numa provocação. Ao final dos anos setenta, o Queen procurava uma nova fórmula de sucesso para o rock, e ela finalmente veio com "Crazy Little Thing Called Love", música feita no estilo de Elvis Presley, e a primeira a alcançar o primeiro lugar nos Estados Unidos. "Não medimos nossa reputação pelas paradas de sucesso", disse Brian, "mas cada hit que você faz, acaba atraindo um novo tipo de público". No palco, "Crazy" fazia Freddie trocar seu famoso microfone por uma guitarra acústica de 12 cordas, além de trazê-lo com seu novo visual de cabelos curtos E de repente, a crítica voltou a fazer as pazes com o grupo, impressionada ainda mais pela participação da banda num concerto beneficente, em dezembro de 1979, pelo povo de Kampuchea. O disco "The Game" trouxe o sucesso de John Deacon, "Another One Bites the Dust", que abriu um novo mercado para o Queen: as rádios de música negra. O próximo passo foi a trilha sonora de Flash Gordon. Em fevereiro de 1981 foi a vez de uma grande turnê pela América Latina. "Nós estávamos muito nervosos", admitiu Freddie. "Não tínhamos o direito de criar expectativas num lugar totalmente estranho. E acho que eles nunca tinham visto um show tão ambicioso antes". É claro que o sucesso foi estrondoso. E algum tempo depois, nem mesmo a Guerra das Malvinas impedia que o grupo dominasse as paradas argentinas. O concerto deles em São Paulo reuniu o número inacreditável de 251.000 pessoas, imortalizando o grupo nas páginas do Guinness Book. A primeira coletânea de sucessos da banda ficou mais de três anos nas paradas britânicas! Mas o próximo álbum "Hot Space" não atingiu o sucesso esperado e marcou uma pausa na carreira do Queen - a primeira em doze anos de união. Entretanto, Freddie não admitia que se falasse em separação. "Eu achava que ficaríamos uns cinco anos juntos, mas agora estamos muito velhos para desistir". Realmente, a pausa aumentou o apetite por novas músicas. E o trabalho lançado em 1984, "The Works", trazia pérolas como Radio Ga Ga, de autoria de Roger, e que fez a banda alcançar um feito inédito todos os quatro elementos do grupo tiveram suas próprias composições no hit parade. Outra música, "I Want to Break Free", trouxe um vídeo audacioso, com toda banda travestida de mulher, e arrancou risadas até de seus fiéis seguidores. Mas nos Estados Unidos, teve o efeito inverso. Enquanto o resto do mundo ria, os americanos se ofendiam. Em outubro de 1984, outra controvérsia surgiu: o grupo tocou oito dias na capital da Africa do Sul, e certamente foi acusado de racismo, devido ao apartheid. Já 1985 iniciou brilhantemente, com dois shows no Rock in Rio, em janeiro, aqui no Brasil. "Primeiramente, fomos à América do Sul como convidados. Mas agora, eu quero comprar o continente inteiro e me tomar presidente", comentou Freddie. Oprimeiro disco solo de Freddie Mercury chamava-se "Mr. Bad Guy", e era bem diferente do trabalho do Queen. No entanto, não era a música de Freddie que importava para a mídia, e sim sua vida amorosa. Ele já havia admitido publicamente, a exemplo de Elton John, que se sentia atraído por ambos os sexos. Seu relacionamento com Mary Austin, havia se transformado numa forte amizade. E ele admitia que era muito difícil encontrar a companhia ideal. Mas queria continuar tentando. Com relação ao Queen, a participação no concerto "Live Aid" foi motivo de orgulho para a banda. "Foi um daqueles dias em que nos alegramos por fazer parte do showbis. O show aumentou a nossa moral, e nos mostrou a força que tínhamos na Inglaterra". O próprio Bob Geldo, idealizador do concerto, elegeu-os como a melhor banda de todas. A turnê Magic Tour teve que adicionar mais datas para apresentações em Wembley, na Inglaterra, pois os oitenta mil ingressos disponíveis foram vendidos imediatamente, apenas por via postal. Mais tarde veio o sucesso da trilha sonora de Highlander. Além disto, o maior solo de Freddie, "The Great Pretender", atingia as paradas, seguido por "Barcelona" com a cantora de ópera Montserrat Caballé.Em maio de 1989 apareceu o primeiro disco do Queen após 3 anos, "The Miracle", mas Freddie não se dispôs a enfrentar uma turnê. Roger rapidamente reagiu aos comentários sobre o estado de saúde de Freddie. "Que nada! Freddie está mais saudável do que nunca". Entretanto, Freddie quase não saía mais de sua mansão em Londres. Em fevereiro de 1990, a indústria fonográfica britânica os premiou pela sua importante contribuição para o mundo musical, mas os jornalistas só se preocupavam com a aparência pálida de Freddie. Brian o defendeu: "Ele está bem e não tem AIDS, mas eu acho que o estilo pesado do rock o derrubou. Ele precisa apenas descansar. Em 1991, surge o álbum "lnnuendo", alcançando o primeiro lugar nas paradas, mas os rumores sobre a saúde de Freddie eram maiores do que nunca. Finalmente, em 23 de novembro de 91, uma curta declaração confirmou o pior. "Seguindo as enormes conjecturas da imprensa, quero confirmar que sou soro positivo e portanto tenho AIDS. Achei correto manter esta informação oculta para proteger a privacidade dos que me rodeiam. Entretanto, chegou a hora dos meus amigos e fãs ao redor do mundo saberem a verdade, e eu espero que todos, juntamente com meus médicos, lutem contra esta terrível doença. Minha privacidade sempre foi muito importante para mim, e eu sou famoso por não dar entrevistas. Por favor, entendam que esta política continuará". No dia seguinte, Freddie morreu. A banda logo fez questão de anunciar que sem Freddie Mercury o Queen não poderia sobreviver. "Não há sentido em continuar. E impossível substituir Freddie. Estamos terrivelmente abalados com sua ida, mas muito orgulhosos do modo corajoso com que ele viveu e morreu. Foi um privilégio dividir com ele momentos tão mágicos". Em abril de 1992, um concerto em homenagem ao mestre dos palcos de todos o tempos foi realizado em Londres, no Wembley Stadium. Vários astros compareceram. De Elton John a Guns N' Roses, Def Leppard a Liza Minelli, todos vieram se despedir de Freddie. De todas as homenagens do dia, a de Axl Rose foi a mais tocante. "Se eu não tivesse conhecido as letras de Freddie Mercury quando era garoto, não sei onde eu estaria hoje. Foi ele quem me ensinou sobre todas as formas de música, e abriu a minha mente. Nunca houve um maior professor em minha vida". Os 75 mil ingressos para o show venderam em seis horas. "Para muitos fãs", disse Roger Taylor, "este show substituiu o tradicional velório. Foi o modo de todos dizerem adeus". O relançamento de Bohemian Rhapsody não foi o último modo de comemorar a vida de Freddie. Brian May também deixou de lado sua guitarra e sentou-se ao piano para tocar uma nova música chamada "Too Much Love Will Kill You". E um álbum duplo da última turnê da banda em 1986 foi lançado, lembrando o que o mundo havia perdido. Mas é claro que enquanto a voz de Freddie continuar ecoando nas músicas do Queen, ele e também nós seremos sempre campeões, como ele já previa em We Are the Champions.

 

06.06.10 01:04

U2 – A história de uma grande banda!

U2 – COMO COMEÇOU…

Tudo começou em 25 de Setembro de 1976…

Data essa em que Larry Mullen Jr., com apenas 14 anos, pôs um anúncio na escola, Mount Temple High School, à procura de componentes para uma nova banda.  Como resultado formou um grupo denominado anteriormente, por dez minutos , de Larry Mullen band, logo depois , com 5 elementos batizado na época de ”Feedback “, que incluía Larry na bateria, Adam Clayton no baixo, Paul Hewson (Bono) no vocal, David Evans (The Edge) na guitarra e o irmão de David, Dik Evans, também na guitarra. 

Falando um pouco sobre o primeiro dia… O primeiro ensaio foi na cozinha da casa do Larry onde estava montada uma bateria que mal cabia lá. Todos couberam no espaço com seus instrumentos. Lá estavam também os pais de Larry, que o Adam  comenta o fato: “Não percebi se era o Larry ou os pais dele que nos estavam avaliando”. Nesse dia não tocaram muito, conversaram mais.  O Bono que estava lá nem sequer levou a guitarra, mas isso não o impediu de assumir a liderança.

Larry revela que durante cerca de dez minutos apenas, foi a banda de Larry Mullen ( Larry Mullen Band) para proteger seu “ego”. Além disso, estavam na sua cozinha. Mas segundo ele, Larry,  apareceu o Bono e “estragou tudo”. “Basicamente destruiu a minha oportunidade de ser líder” diz Larry. Marcaram o segundo ensaio logo depois, que pensou-se na sala de aula da escola, com ajuda de um professor de música, nas tardes das quartas-feiras. Todos podiam participar dos ensaios, pois estudavam pela manhã. E segundo Adam era uma estratégia para tornar-se conhecidos. Assim seguia a banda.

No final do trimestre, teria uma mostra de talentos no ginásio da escola e decidiram estrear nessa ocasião.  Conta o grupo que se dedicaram a trabalhar para esse concerto. Só tinham duas músicas, era esse o repertório. ‘Show Me The Way’ do Peter Frampton e, como piada, ‘Bye Bye Baby’ dos Bay City Rollers.

Após 18 meses de ensaios, os “Feedback” , mudaram o nome para “The Hype”. A banda tocou já com esse novo nome no concerto para a descoberta de novos talentos em Limerick na Irlanda em 17 de Março de 1978, tendo ganho o concurso.  Larry lembra ter olhado para o publico e de ver o pessoal levantando e batendo palmas. Relata: “Até alguns professores ficaram lá. Tive uma sensação de alivio. E depois ao tocar Bye Bye Baby, pensei: “É capaz de estarmos estragando tudo”.

Nesse dia , somente os quatro tocaram, pois Dick estava em aulas. Conta Adam que ” foi um delírio, uma enorme injeção de adrenalina. Durante aqueles dez minutos se abriu todo um mundo novo cheio de possibilidades”. O público estava em delírio, como se estivessem em uma revolta, e os quatro integrantes da banda que apresentaram-se pela primeira vez em público em êxtase. Bono diz isso em algumas palavras: “Tudo mudou para mim, pois agora já sabia o que queria fazer para o resto da vida. Estava ali o que procurava”.

Larry comenta nesse momento que “depois disso, acho que nos tornamos uma banda, conseguimos finalmente tocar um público sem nos desgraçarmos completamente. Foi como se minha identidade tivesse mudado. Já não era o cara loiro que andava pelos corredores, era agora o cara da banda”.

Fazia parte do júri, Jackie Haden, da “CBS Records”, que ficou impressionado com a banda, tendo-lhes dado a oportunidade de gravar a sua primeira demo.

À partir daí tudo aconteceu bem depressa… Iniciam-se os ensaios aos sábados. Deram um passo a frente para outro nível. Uma horas nas quartas-feiras não era mais suficiente.

Daí a emoção do dia  mudaram alguns sentimentos dos jovens Bono, Edge e Adam que estavam encarando o futuro de forma diferente. A música e a banda tinha mudado isso. Entretanto Larry simplesmente como um rapaz envergonhado, como se achava, não sabia de futuro, mas sabia que isso era mais divertido que tocar sozinho no quarto.
Uma dificuldade que apresentavam nos ensaios: Durante os ensaios, nunca conseguiam tocar uma música até o fim, por isso, quando começavam a tocar em público, não sabiam como é que ela devia terminar. E tinham um problema: Problemas de afinação. Todos davam o seu melhor, mas de uma forma indisciplinada e imatura.

Depois de vários momentos de composições, observaram que o estilo musical punk ajudaria. Para o estilo o nome  The Hype era melhor. Mas o punk rock de Dublin, Steve Averill (mais conhecido como “Steve Rapid” dos “Radiators from Space”) disse que os “The Hype” não prestavam, pelo menos no nome.

Era uma frase que ele repetia constantemente “Nós não somos uma banda punk, né?” Todos respondiam: “Não Larry, não somos.” “Estamos ouvindo o Stranglers, certo? Eles são punk, não são? Estamos tocando uma música deles. E ele repetia: “E eu não quero pertencer a uma banda punk!” “PRONTO, NÃO SOMOS UMA BANDA PUNK. ISTO NÃO É UMA BANDA PUNK”.

Daí os ensaios passaram aos domingos também para tentar terminar as músicas…

‘Street Mission’

Oh no man, I just got here
You got me thinking
I’m about to leave

Someday, maybe tomorrow
New direction, hello oh no no no

I walk tall, I walk in a wild wind
I love to stare
I love to watch myself grow
Someday, maybe tomorrow
New direction, hello

Oh no no no no no no no
Street missions…

Segundo Edge sobre a letra: Fantástico! Não significa rigorosamente nada! Nem sei se o Bono estava mesmo escrevendo sobre alguma coisa em concreto.

Entretanto Bono fala : “O mais interessante de ‘Street Missions’ era o final, um fabuloso solo de guitarra num registro temporal completamente diferente. Todas as pessoas diziam que havia regras no Punk, tais como não haver solos de guitarra. Mas nós dissemos: “Nós tocamos solos de guitarra se quisermos.Nunca iríamos ser uma banda punk, pois estávamos interessados em outras coisas como, por exemplo, no lirismo da música do Edge”.

Alguns relatos dos integrantes sobre suas obras no livro U2 By U2:

“Tentamos criar algo alusivo, algo que represente o ponto onde nos encontramos emocional, física e espiritualmente. E isso foi, ao mesmo tempo, algo agradável e emocionante”.

Quem são as pessoas que fazem o U2?

Bono é, sem dúvida, a força motriz. Não importa a forma como tentamos descrevê-lo, as palavras são sempre insuficientes, pois ele é muito mais do que se possa dizer. Afirmar que é apenas um aglomerado de contradições não seria fazer-lhe justiça. Ele é bastante inteligente e competente como estrategista, com uma lógica inflexível, mas não sabe como cozinhar um ovo. Não faz mal, acho que nem sequer está interessado em aprender. Ele tem como poderia ser descrito como a clássica programação Macho Alfa. Não tem qualquer dificuldade em decidir o que quer e esforça-se por consegui-lo. Não vê limitações, apenas possibilidades. De certa forma, ele é o espírito do U2, representa coisas que fazem parte de todos nós.

Edge também é muito ambicioso e empenhado, mas pode não dar para perceber isso a menos que o conheçam bem, pois é uma faceta ligeiramente turvada para a sua humanidade e bondade. Põe sempre as outras pessoas à frente. É bem capaz de estar concentrado com o seu trabalho, a meio da noite, mas se lhe pedirmos ajuda em alguma coisa, ele dedica-nos toda a sua atenção para resolver qualquer que seja o nosso problema. É um amigo e colega fantástico, com uma mente bastante perspicaz. O Bono é mais virado para os resultados enquanto o Edge dá mais importância aos pormenores. Isso origina uma excelente combinação de forças criativas.

Larry é uma pessoa muito sensível e um amigo fiel. Para ele é tudo preto no branco. Ele pensa no mundo da mesma forma que pensa na bateria: as coisas ou estão no tempo ou estão fora dele, não podem estar ligeiramente no tempo ou ligeiramente fora. A propósito, geralmente, sou eu que estou fora do tempo. O Larry é um amigo muito fiel e um baterista bastante dotado. É difícil perceber como é que ele consegue, pois limita-se a aparecer e a tocar. Pode até estar chegando do ginásio, senta-se e lá começa ele. Faz com que pareça terrivelmente simples.

Adam “Não sei dizer qual é a minha contribuição para o U2. Não é necessariamente a minha forma de tocar Baixo. Às vezes, o Edge toca baixo, outras vezes é o Bono. Não é um território exclusivamente meu. Vence sempre a melhor idéia, seja ela de quem for. Mas há algo de especial quando tocamos juntos. É algo inexplicável, mas sempre foi o que mais me entusiasmou. É a base sobre a qual construímos o U2, a faísca de emoção e energia entre nós, e é preciso estar lá para isso acontecer”.